sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Uma forma de começar um fim-de-semana

A meio da tarde recebes uma sms da "é aquela": "Vamos ver a Feira de Natal do Campo Pequeno?" Uma boa oportunidade para estares junto dela, partilhares gostos com ela, rires das mesmas coisas que ela. O resto da tarde é passado com a cabeça no ar. A reunião com a colega é feita a correr, rematada com um enorme sorriso e um então-eu-guardo-uns-momentos-na-minha-agenda-para-esse-miúdo. O atendimento da tarde é conduzido de forma leve com uma série de hum-hum-parece-me-que-temos-de-refletir-sobre-isso. O final de dia parece uma eternidade e te faz pensar na-porra-do-tempo-que-se-arrasta.

"Àquela" hora estás lá para a ires buscar, depois de teres protestado na auto-estrada com os condutores que se dirigem para a ponte, reclamado com os semáforos vermelhos que nunca mais se despacham a mudar para verde, de teres ajeitado o colarinho da camisa, o cabelo desalinhado e os sapatos que teimam em estar desapertados. Finalmente estás ao lado dela e sorriem, trocam uns olhares cúmplices, contam as novidades do dia.

No Campo Pequeno, porque ela não aprecia homens que andam às voltas com o carro nas ruas paralelas para não gastarem um ou dois euros, estacionas no parque de estacionamento. Sobem de elevador com o mesmo olhar idiota, aquele mesmo que se costuma ter quando dizem que se tem borboletas-na-barriga, e já na rua, procuram a entrada do recinto, rindo do movimento de rotação sem fim que estão a dar, só por terem estacionado no parque.

Ao chegar à entrada, o porteiro-que até tem ar de boa pessoa- desfaz-se em desculpas mas "A Feira encerrou às 21 horas".

(Escusado será dizer que a noite ficou estragada pois como qualquer espécime do sexo feminino a "aquela" amuou com a notícia. Mulheres...)